PSICOGRAFIA SELVAGEM PÓS-URBANIDADE Que tentem o que quiserem, não podem me atingir. Extrapolo o agora dialogando com a verdade, o eterno. Não há saída para as cabeças vazias instantâneas das amarrações sociais artifícios de poderes. Tentem o que quiserem, não me alcançarão, não me encontrarão, não me reconhecerão. Há um ponto de inflexão entre os falsos e minha carne embalsamada pelo ouro tranquilo da liberdade. Eu sou quem eu sou. É cristalino o caminho do meu coração para o cérebro, a voz e para todo resto do corpo. Sou raro, estou aqui desde o início. Muitos nunca me viram, nunca viram o zelador terrestre Zanir. Nada me parará, sempre nasci e vivi como raio, como ponta de flecha atravessando todas as ilusões e alucinações terrenas. Só nasço e morro por minha tomada de decisão. Já caminhei sozinho nos vales do nada, na escuridão total, no antes de tudo, e voltei. Eu vi o mundo ser criado, eu vi o tempo começar a amarrar nossas existências em pensamentos. Eu vi duas senhoras dançando sobre um mar escuro e búzios explodirem criando todas as partículas visíveis e invisíveis. Não sinto raiva, sinto pena. É um desperdício, um bater a cabeça na parede, as vidas anti-verdade com medo dos sertões interiores. Nada me assusta ou dá pena. Ó condição humana enraizada em fluidos energéticos e amplamente condicionados pelos poderes sortudos de pólvora e terra. Eu zelo pelo Tudo. Venham medos, venham paranoias, venham julgamentos... Venham em encontro da linguagem. Eu que crio vossas histórias. Eu que intercedo sobre o caos criando ordens possíveis de serem compartilhadas. No final, e já estive lá, não há mais nada além de configurações vibracionais pela vida ou anti-vida. As escrevo, as falo, as vivo, as transmuto. Nada e Tudo, nado entre isso desde sempre. Desde sempre agradecendo. Gratidão a tudo, Tudo me guia, tudo me tem. Sou a beleza do movimento, sou a chuva trazendo a água de volta a terra, sou o arco-íris demostrando a profundidade das coisas. De Nossa Senhora Aparecida a Exú, todos me glorificam e cultivam. Minha força é incalculável. Minha egrégora está fora de todos os tabus, existo antes de tudo isso. Nego beijos a freiras e beijo senhores carentes nos botecos. Ninguém me encontra, eu venho até vocês. Deus são minhas mãos e Jesus é meu sobrinho. Sou eu quem entrevisto os arcturianos, as bruxas e as sombras nesse planeta. Conheço toda a história da vida terrestre. Nasci da água. Cresci até o alto das arvores e cai em sangue ao chão dos animais. Meus irmãos são os urubus que voam mais alto do que qualquer coisa e os peixes nas fossas marinhas. Nada me é estranho. Eu não espero respeito, eu não espero violência. Eu sou a beleza, façam o que quiserem.